domingo, 27 de março de 2011

Mais um...






Conforme-se com a idéia:
Há pessoas que não sabem viver com conflitos mas há pessoas que não sabe viver com a ausência deles.
Alguns tem medo de dizer "eu te amo", alguns banalizam, e alguns dizem por dizer...Já conheci quem fizesse duas alternativas dessas.
Você terá poucos amigos, realmente poucos dispostos a te levantar quando você cair, escolha com cuidado.
Algumas vezes você estará de bem com Deus, as vezes não...O importante é fazer as pazes.
Existirão SIM, pessoas na sua vida dispostas a te enganar, a te roubar, a te trocar a te esquecer,a te magoar e a pisar no seu coração sem nenhuma piedade e as outras pessoas te dirão que não é por mal.
Dividir é perigoso.
Quantas vezes você dividiu? Seus medos,suas dúvidas, suas angústias, sua felicidade, sua cama, sua intimidade, seus livros, suas musicas, seus amigos, seus sonhos.
Quantas pessoas saíram da sua vida levando seus pedaços sem que você percebesse?Sem deixar nada em troca? Nem uma palavra de alento para as horas em que você se desse conta do vácuo que ela deixou na sua vida?
Essas pessoas existem...São chamados de egoístas. Estão em todos os lugares, nas mais variadas formas de sorrisos, de abraços e de palavras vazias.
Para que no momento oportuno elas o tornem mais um...Mais um egoísta como elas.

segunda-feira, 21 de março de 2011





Cansei de escrever sobre amor e hoje vou escrever sobre mim...Ou seja...dá no mesmo...
Vou falar sobre o que me revolta e sobre o que chateia e sobre o que me seduz o que me comove...E sobre todas as coisas que me desestabilizam e que ninguém liga.
E minha vontade de falar sobre tudo isso tem um motivo muito simples...Eu cansei...
E eu falo que eu cansei com muitas lágrimas e com muitos risos, poque eu realmente cansei de tentar fazer coisas que eu não posso e que eu não quero...
Sabe o que eu queria?
Eu queria falar sobre sons de lágrimas...
Eu queria falar sobre letras puras...
Que falam sobre um céu azul e sobre crianças e sobre homens que encontram mulheres tímidas que são mulheres ideais para casamento e a maternidade,sobre futuros brilhantes e sobre pessoas que se encontram e nunca mais se perdem.
Acontece que eu não vou falar disso, porque hoje eu me dediquei a falar de mim e até agora não disse nada porque minha vida tem lágrimas pesadas, risos de escárnio....
E simplesmente não tem um pessoa que se perde e nunca se encontra.
E eu disse que iria falar sobre mim....Balela.
Eu não existo simplesmente por que disse que não ia falar de amor e única coisa que me passa pela cabeça é isso...Ele...Nós...Aliás, que nós hein...Mera imaginação.
Estou triste, porque eu não sei o que dizer.... Deixemos assim

quinta-feira, 17 de março de 2011

O som...




Hoje, na rodoviária, senti sede e procurei um lugar mais quieto pra tomar algo.
Alguma coisa me atraiu para o som de um piano,triste e lindo.
Peguei meu refrigerante e me sentei em uma mesa sozinha,aguardando meu horário de partir.
Ali uma senhora tocava piano, sendo acompanhada pelos espectadores do café que pareciam não estarem muito concentrados.
Baixei os olhos para o copo e algumas lembranças tristes vaguearam a minha mente,parecendo perceber, ela me olhou e sorriu. Sorriu como se tivesse lido meus pensamento.
Meio sem graça, sorri de volta e me dei conta que ela talvez já tivesse sorrido para outros corações partidos. Senti algumas lágrimas virem aos olhos e de novo baixei os olhos para o copo.
De novo ela sorriu em compreensão.
Vagueei o olhar novamente e vi uma moça, mais ou menos da minha idade, parada. Parecia, além de mim, a unica pessoa atenta ao som do piano e a simpática senhora.
Ela porém chorava, o que me deixou desconcertada por alguns segundos, e a ela que encarou meu olhar como quem pede desculpas por chorar em público.
Foi minha vez de sorrir em compreensão.
Durante aquele tempo me perguntei por qual motivo estaria ela chorando e por que aquela senhora com tanto talento tocava em um lugar tão mundano.
Por várias vezes senti vontade de levantar e dizer a pianista que a musica dela tocava o coração das pessoas e a moça, que o que quer que houvesse ocorrido iria passar.
Minha hora se aproximava.
Vi que a senhora se levantou do piano,foi até a moça e a abraçou bem forte.
Pelo menos ela não é uma fraca como eu, pensei, sentiu vontade de chorar e chorou.
Peguei minha bolsa,olhei as duas mais uma vez e saí.
Percebi a razão, consciente ou não daquela mulher estar naquele lugar, com suas lindas e tristes canções.
Chegadas e partidas,começo e fim. Era o que esse lugar representava.
Eu mesma havia chegado há alguns dias com o coração cheio de sonhos e partindo com os olhos cheios de lágrimas.
Nunca saberei porque a garota chorava e ela nunca vai saber por que eu não chorei quando quis chorar mas a pianista percebeu, por um momento.

terça-feira, 15 de março de 2011

Abrigo...







Depois das tempestades,existe um momento crucial, onde se aguarda...Um novo temporal ou que venha a calmaria e na melhor das hipóteses:sol,luz,calor.
Mas enquanto as caem grossas gotas,relâmpagos e todas as forças amedrontadoras, a única coisa em que pensamos é encontrar abrigo e proteção em face daquilo que somos impotentes para freiar.
Nesse momento não conseguimos lembrar do sol, da luz.
Castigada por uma tempestade permanente,procuro um abrigo das gotas impiedosas que me machucam e dos clarões que cegam meus olhos.
Por alguns segundos elas passam e vejo um raiozinho tímido se sol mas depois outras gotas.
Passei por esse momento de esperança tantas vezes, que agora me recuso a procurar abrigo,me recuso a ter o benefício da dúvida...
Entendi que esses momentos não são para aguardar o sol e sim para aprender que as vezes viver na tempestade é necessário...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Recomeçar...




Olhando as ondas bater nas pedras e a linha onde o céu e o mar se encontram, senti naquele instante forças para admitir minha derrota...
E apesar dela, não me sinto triste.
Por que lutei... Me desfiz e refiz, me encontrei e me perdi,quis matar e quis morrer. Perdi meu sono, meu juizo, minha fome,meu amor.
E apesar de tudo não me sinto triste.
Por que soube quando parar,soube quando desistir, soube reconhecer que não deu.
Tão distante de tudo que eu amo, e tão perto de tudo que eu quero e não posso ter,percebi que me encontrei de novo.
Pronta pra recomeçar... Cair,levantar,superar.
Contornar a dor,sorrir e lutar, como sempre fui.
Quem saiba um dia eu olhe esse momento e encontre o encaixe pra essa "peça", que por um momento foi a única que me faltava, mas que quis ser só mais uma.
Levantei-me das pedras, onde olhava a linha do horizonte, e decidi não me sentir mal por ter perdido meu sono, meu juizo e meu amor...
Eles voltam, assim como as ondas, e eu resisto assim como as pedras...

(Pra você Danoninho,João Pedro, me dando aquela força...Obrigada amigo...)